sexta-feira, 20 de abril de 2012

Era uma vez, eram duas, eram três; E em cada uma das vezes, a saudade era mais banal, mais forte, mais malevolente, mais incondicional. Nada eu podia fazer pra tirar aquela agonia perturbadora de meus pensamentos. Os corredores se tornaram mais longos, todas as paredes passaram a me lembrar momentos, e quando fitava a paisagem desfocada pela janela aberta, distraído, imaginava você me abraçando, e, por vezes, sonhava tão intensamente que chegava a sentir sua pele lentamente tocando a minha, eu fechava os olhos, mordia os lábios, e me arrepiava até o ultimo centímetro da espinha. Te tinha ali, utopicamente, em um momento de êxtase profundo; Sonhar com você, pra mim era uma terapia rotineira, pois, tentava em vão te expulsar do meu coração, mas, em casos graves como o meu, a emoção fala mais alto do que a roca razão. Vi que minhas imortais esperanças sempre guardariam um lugar para você em mim. Sempre te esperariam, seja qual fosse o tempo demorado. Jamais deixei de te imaginar voltando a fazer parte da nossa história de amor inacabada e tão complicada. Querendo ou não, é pelo seu calor que meu corpo chama nas frias noites, na cama que sempre me assiste chorar sussurrando doces palavras ao seu nome, como se você estivesse diante de mim, me ouvindo. […]
Eu morro todos os dias por não viver ao teu lado, então, se a morte chamar pelo meu nome, será apenas uma mudança de estado, de dimensão, pois o corpo que uso todos os dias para viver carrega uma alma que já não vive, um grito com a voz sem timbre, um mundo que perdeu o chão.

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